O Moovit, empresa líder de soluções de Mobilidade como Serviço (MaaS) e desenvolvedora do app de mobilidade mais usado no planeta, lança hoje o seu Relatório Global sobre Transporte Público do Moovit 2019. O documento concentra uma quantidade imensa de dados sobre milhões de viagens, em 99 grandes cidades de 25 países, apresentados de forma dinâmica. O resultado mostra um retrato vivo do uso de transporte público pelo mundo.
Dez regiões metropolitanas brasileiras estão incluídas no relatório: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Os dados foram organizados em cinco critérios: Tempo de Deslocamento, Tempo de Espera, Distância da Viagem, Número de Baldeações e Distâncias Caminhadas. O modelo do estudo permite que se compare as métricas entre cidades do Brasil e do mundo.
A publicação traz também, pela primeira vez, pesquisa realizada com usuários do Moovit nestas 99 cidades, que trazem avaliações e respostas sobre o que pode ser melhorado no transporte público e na micromobilidade (bicicletas e patinetes compartilhados, entre outros).
Algumas conclusões:
- Rio de Janeiro é a região metropolitana com maior tempo médio de deslocamento no país, com a média de 67 minutos. Porto Alegre é a menor, com 46 minutos;
- Paulistanos andam, em média, 1 km ao longo dos seus trajetos. É a 10.ª a maior média do relatório;
- No Brasil, motivos que fariam mais pessoas usar transporte público são: maior frequência de veículos (12,0%); tarifas mais baratas (11,4%); e maior precisão nas informações sobre chegadas e partidas (11,3%);
- 58% dos passageiros de Salvador fazem duas baldeações em seus deslocamentos;
- 47% dos brasilienses percorrem mais de 12km em seus trajetos;
- 60% dos brasileiros não usam bicicletas e patinetes compartilhados. As principais razões são falta de ciclovias e condições ruins das vias. Já entre os incentivos estão o fato da micromobilidade ser mais rápida que caminhar, caber no orçamento, e ser sustentáveis.
“Após analisar e organizar uma quantidade imensa de dados, estamos contentes em apresentar o Relatório Global sobre Transporte Público do Moovit 2019. Nenhum outro app ou serviço tem informações tão ricas e precisas sobre transporte público e mobilidade compartilhada como o Moovit. O relatório é uma ferramenta especial para a compreensão das demandas dos cidadãos, e o que pode ser melhorado, com um retrato fiel da infraestrutura utilizada diariamente por milhares de passageiros”, afirma Yovav Meydad, diretor de marketing e crescimento do Moovit.
O Relatório Global sobre Transporte Público do Moovit 2019 está disponível para qualquer um que deseje utilizar e comparar dados das 99 cidades analisadas. As informações estão disponíveis sob licença Creative Commons e podem ser utilizadas em artigos, reportagens, estudos e trabalhos acadêmicos, com crédito para o Moovit.
O Relatório Global sobre Transporte Público do Moovit 2019 pode ser acessado aqui.
OUTRAS INFORMAÇÕES DO RELATÓRIO
Tempo de Deslocamento
- Três regiões metropolitanas brasileiras estão entre as 10 que apresentam a maior média em todo o relatório: Rio de Janeiro (67 min), São Paulo e Recife (62 min);
- 35% das viagens no Rio de Janeiro durante entre 1 e 2 horas; 10% duram mais de 2 horas;
- No Recife, 30% dos deslocamentos duram entre 1 e 2 horas; 8%, mais de 2 horas;
- Porto Alegre é a cidade com o índice de deslocamentos mais rápidos no Brasil: 32% duram menos de meia hora.
Tempo de Espera
- Recife tem o tempo médio de espera mais alto do país: 25 min; Curitiba, o mais baixo: 13 min;
- 52% dos recifenses esperam seus ônibus por mais de 20 min;
- 18% dos passageiros de Curitiba esperam menos de 5 min pelo seu transporte.
Distâncias Caminhadas em uma Viagem
- São Paulo é a 10ª cidade no relatório em que mais se caminha em um deslocamento, com a média de 1.061 metros (inclui caminhada até parada de ônibus, deslocamento em estação de metrô, etc);
- A média de São Paulo é quase o dobro da de Salvador (518 metros);
- 40% dos paulistanos caminham mais de 1 km em seus trajetos. O índice é de 10% em Fortaleza e Salvador.
Número de Baldeações
- 58% das viagens em Salvador envolvem duas baldeações; 14%, três ou mais;
- Fortaleza e Brasília têm índices semelhantes: 53% das viagens com duas baldeações;
- 23% dos deslocamentos em São Paulo são feitos com 3 ou mais baldeações;
- 53% das viagens em Porto Alegre são diretas, sem troca de transporte.
Distância das viagens
- Brasília tem a 5ª média mais alta do relatório, com 14,29 km;
- Rio de Janeiro tem a 10ª média mais alta, com 13,06 km;
- A média de Brasília é o dobro da de Fortaleza, que tem a média mais baixa entre cidades brasileiras: 7,5 km;
- Brasília tem a maior porcentagem do relatório com distâncias maiores que 12 km: 47%;
- No mesmo critério, o Rio de Janeiro fica em sexto, com 41%;
- Maior cidade do país, São Paulo fica somente em sétimo, com 20% das viagens com mais de 12 km, empatado com Recife.
Comparação com outras regiões metropolitanas
- São Paulo tem um tempo médio de deslocamento igual ao de Santiago e Lima: 62 min;
- Curitiba tem resultados similares ao de Buenos Aires entre passageiros que esperam menos de 5 mins pelo transporte: 18%;
- Rio apresenta um tempo médio de deslocamento similar ao de Bogotá: 67 mins;
- A porcentagem de deslocamentos de menos de 30 min em Porto Alegre (32%) é a mesma de Buenos Aires e Medellín;
- Rio tem o tempo médio de espera semelhante ao de Los Angeles: 17 min;
- Anda-se menos no Rio (905 metros) do que em Washington (927 metros) em um deslocamento;
- Porto Alegre é a cidade latina com o maior índice de viagens sem baldeações (53%), seguida por Buenos Aires (50%);
- A média de distância percorrida no Rio de Janeiro é mais alta que Cidade do México, Buenos Aires e Bangkok.
Razões para usar mais o transporte público
- Respondendo sobre o que os faria usar mais o transporte público, os brasileiros elencaram como principais motivos:
- 12,0%: maior frequência de veículos/menor espera em pontos e estações;
- 11,4%: tarifas mais baratas;
- 11,3%: maior precisão sobre chegadas e partidas.
- Nas duas maiores regiões metropolitanas do país, os motivos são:
- São Paulo:
- 12,4%: maior frequência de veículos/menor espera em pontos e estações;
- 11,7%: maior precisão sobre chegadas e partidas;
- 10,9%: tarifas mais baratas.
- Rio de Janeiro:
- 11,3%: maior frequência de veículos/menor espera em pontos e estações;
- 11,1%: maior precisão sobre chegadas e partidas;
- 10,9%: tarifas mais baratas.
Sobre o uso de micromobilidade
- 8,5% dos usuários do Moovit no Brasil usam patinetes e bicicletas compartilhadas todo os dias; 8%, até três vezes por semana;
- 60% nunca usaram, mesmo tendo acesso em suas cidades. Ficou abaixo da média mundial do relatório, que é 67%;
- Como é esse “não uso” pelo país:
- São Paulo: 65%
- Rio de Janeiro: 59%
- Porto Alegre: 57%
- Brasília: 53%
- Cidades onde mais se usa micromobilidade com frequência no país (Todos os dias/até 3x por semana);
- Brasília: 19%
- Recife: 18%
- Campinas: 17%
- 53% dos usuários no Brasil as utilizam para ir direto ao destino; 30% combinam com outro transporte;
- Motivos para usar para os usuários brasileiros: mais rápido que andar (30%); cabe no orçamento (27%); é sustentável (20%);
- Motivos para não usar: faltam ciclovias e vias exclusivas (17%); ruas em más condições (16%); as opções disponíveis não são seguras (15%).
- Por cidade
- São Paulo: as opções disponíveis não são seguras (17%); ruas em más condições (17%); é difícil de achar quando preciso (12%)
- Rio de Janeiro: faltam ciclovias e vias exclusivas (21%); ruas em más condições (19%); as opções disponíveis não são seguras (14%)
- Porto Alegre: ruas em más condições (19%); faltam ciclovias e vias exclusivas (16%); é caro (14%)
- Brasília: é caro (17%); faltam ciclovias e vias exclusivas (16%); é difícil de achar quando preciso (16%)
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